Hum... SERTANEJO?

 Bom, hoje vamos analisar algumas músicas do sertanejo, mais precisamente o tal "universitário", que é bastante conhecido atualmente através de artistas como Marília Mendonça, Michel Teló, Gusttavo Lima, Simone e Simaria e diversos outros. Essa análise vai constar minha opinião, então não fique irritado comigo de forma alguma, e não venha com o "opinião ofende" - isto é vergonhoso! - Então, por favor, respeite a opinião alheia.

Vamos começar com a música Eu Sei de Cor, gravada por Marília Mendonça e lançada no ano de 2016 como single, e aparece também no álbum ao vivo Realidade lançado no ano de 2017. É uma das canções mais famosas do sertanejo universitário, e vem tocando em diversas rádios desde seu lançamento há quatro anos.

O dedilhado no violão da introdução é decente, apesar da batida ser a mais genérica possível para o padrão do sertanejo. O andamento é bem mais quieto, composto por umas batidas percussivas executadas por alguns instrumentos "exóticos", junto com um fraseado um pouco tímido, enquanto Marília Mendonça canta roubando a cena. Ela tem a capacidade de cantar bem sim, o problema é que seu canto que é mau executado aqui, ofusca todos os outros instrumentos. Às vezes há algumas "quebradas" genéricas que o instrumental para e a cantora canta um verso em meio ao silêncio. O refrão é tosco e sem criatividade, e repete alguns elementos chave vistos até agora. Algo que me tira do sério é o ofuscamento integral do baixo, que parece estar em um volume mínimo, o que é muito ruim, porque esta seria a forma ideal de conduzir a música. Não tenho mais nada muito o que comentar, porque as novidades acabam logo no primeiro minuto. Letra: mulher não quer mais ver o homem que a (provavelmente) traiu. Chuto que maioria senão todas as músicas do subgênero são sobre traição e cornitude, masculina ou feminina. A canção seria "ruim pra mediana", mas dado que segue a fórmula e estrutura de qualquer outra música sertaneja universitária à risca, desconto pontos disso aqui, uma obra sem alma, pouco criativa e genérica, sem empolgação, repetitiva, e o caramba à quatro.

Próxima, Loka, de Simone & Simaria, com a participação de Anitta. Eu pegaria a mais recente canção da dupla, mas acabei escolhendo esta porque é mais famosa e um pouco mais diferente do sertanejo universitário tradicional, trazendo alguns elementos da música pop-funk da artista convidada, Anitta. Bem, vamos à análise...

A introdução usa majoritariamente sintetizadores genéricos ao estilo Black Eyed Peas acompanhados de um vocal em eco vergonha alheia repetindo "louca" (pronunciado informalmente como "loka", é claro). Logo depois, Simaria começa a cantoria. Diferente de Marília, Simaria tem mais técnica vocal que a outra, o que é bem mais confortável aos ouvidos, e arrisco dizer que ela é a melhor cantora da cena do sertanejo universitário atualmente. Assim que Anitta começa a cantar, uma batida eletrônica, mas no estilo universitário, vai soando. A artista convidada não canta tão mau, mas subjetivamente não gosto de sua cantoria por causa da voz e abuso do sotaque, dois aspectos que não me agradam. Ainda nessa sessão de versos, Simone dá início a sua parte. Desta vez, tenho que criticar a cantoria, ela não canta bem mesmo, e força muito timbres agudos que me desagradam. Tá, logo vem o IRRITANTE refrão que dá dor de cabeça. Poxa vida, um desastre. O elemento sertanejo ganha mais força durante o refrão e... tá, chega de análise, tô cansado.

Conclusão: o sertanejo universitário é vergonhoso e muito pouco criativo. Sim, só analisei duas músicas, mas garanto que todo o resto é extremamente parecido com a primeira canção. A segunda é um pouco mais diversificada, e difícil de encontrar, mas ainda assim você encontra coisa bem parecida, como uma música que não me lembro o nome, mas tocava na rádio toda hora ano passado e no refrão tinha algo como "espaçosa demais". Os cantores na maioria das vezes não tem técnica, apesar de em certas ocasiões terem talento - mas não sabem utilizá-lo. - Os músicos de apoio não são ruins não, pelo menos. Mas enfim, o sertanejo universitário, ao meu ver, é uma droga. Tudo bem você gostar disso, porém é algo que eu não consigo ouvir por muito tempo. Obrigado pela leitura, e até logo, lembrando que esta foi apenas a minha opinião!