LULU - Metallica & Lou Reed: Crítica
Por Luís Pedro
Lulu.
Esse álbum gerado por uma parceria inusitada de Lou Reed com Metallica gerou bastante tumulto entre os amantes de Heavy Metal e fãs do próprio Lou Reed. Os primeiros pensavam que o vocal falado do cantor estragavam o instrumental do Metallica. Os outros pensavam "será que ele passou dos limites"?
O álbum saiu em 2011, mas só fui ouvir agora, pleno 2020. Eu olhava as críticas e durações gigantes das faixas e dizia que não devia valer a pena ouvir. E... Me surpreendi. Portanto, decidi escrever uma crítica sobre ele.
A primeira coisa que se deve ter em mente quando for ouvir esse álbum é: tem um teor conceitual muito alto, e não será uma audição fácil de digerir primeiramente. Até que nas duas primeiras faixas você pode não estranhar muito, mas depois disso, principalmente em faixas como Pumping Blood ou Mistress Dread, as coisas ficam bem confusas. O conceito do disco é a história de Lulu, uma personagem atraente, porém sua promiscuidade e dificulta sua vida, a reduzindo à prostituição. Isso é bem representado nas duas faixas já citadas. O vocal instrumental foca principalmente em representar as emoções da protagonista junto á letra, às vezes criando algo confuso (aquela típica mistura de sentimentos). Por isso muitas pessoas detestam o álbum, instrumentais e vocais bizarros e incomuns. Talvez o momento em que isso fica mais bizarro é em Pumping Blood, na parte do "Jack, Jack...", onde Lou Reed começa a gritar que nem um maluco sadomasoquista e o conjunto instrumental dá uma virada tenebrosa que te deixará assustado pra caramba. O higlight do álbum vai para Junior Dad, uma faixa de 20 minutos dramática, triste, e que te faz refletir sobre a vida. É provavelmente a mais conceitual e interpretativa faixa, e retrata o fim da vida e morte de Lulu, como uma pessoa empobrecida, triste, e sem importância alguma. De um modo geral, considero um grande álbum, que é para ser ouvido de coração aberto, como uma grande história. Para tentar interpretar o conteúdo das faixas, tenha algum conhecimento de inglês, ou vá só pelo instrumental (apesar de ser mais muito mais difícil assim). Acho que o álbum pode falhar algumas vezes, mas merece uma audição, por mais que desmotivada. Lembre-se de ouvir com o coração aberto
Melhores faixas:
Junior Dad, Brandenburg Gate e Iced Honey, respectivamente.
Lista de faixas:
CD 1:
1. Brandenburg Gate (4:20)
2. The View (5:10)
3. Pumping Blood (7:25)
4. Mistress Dread (6:50)
5. Iced Honey (4:35)
6. Cheat On Me (11:25)
CD 2:
7. Frustration (8:35)
8. Little Dog (8:00)
9. Dragon (11:10)
10. Junior Dad (19:30)
Conceito: 9/10 (A)
Lulu.
Esse álbum gerado por uma parceria inusitada de Lou Reed com Metallica gerou bastante tumulto entre os amantes de Heavy Metal e fãs do próprio Lou Reed. Os primeiros pensavam que o vocal falado do cantor estragavam o instrumental do Metallica. Os outros pensavam "será que ele passou dos limites"?
O álbum saiu em 2011, mas só fui ouvir agora, pleno 2020. Eu olhava as críticas e durações gigantes das faixas e dizia que não devia valer a pena ouvir. E... Me surpreendi. Portanto, decidi escrever uma crítica sobre ele.
A primeira coisa que se deve ter em mente quando for ouvir esse álbum é: tem um teor conceitual muito alto, e não será uma audição fácil de digerir primeiramente. Até que nas duas primeiras faixas você pode não estranhar muito, mas depois disso, principalmente em faixas como Pumping Blood ou Mistress Dread, as coisas ficam bem confusas. O conceito do disco é a história de Lulu, uma personagem atraente, porém sua promiscuidade e dificulta sua vida, a reduzindo à prostituição. Isso é bem representado nas duas faixas já citadas. O vocal instrumental foca principalmente em representar as emoções da protagonista junto á letra, às vezes criando algo confuso (aquela típica mistura de sentimentos). Por isso muitas pessoas detestam o álbum, instrumentais e vocais bizarros e incomuns. Talvez o momento em que isso fica mais bizarro é em Pumping Blood, na parte do "Jack, Jack...", onde Lou Reed começa a gritar que nem um maluco sadomasoquista e o conjunto instrumental dá uma virada tenebrosa que te deixará assustado pra caramba. O higlight do álbum vai para Junior Dad, uma faixa de 20 minutos dramática, triste, e que te faz refletir sobre a vida. É provavelmente a mais conceitual e interpretativa faixa, e retrata o fim da vida e morte de Lulu, como uma pessoa empobrecida, triste, e sem importância alguma. De um modo geral, considero um grande álbum, que é para ser ouvido de coração aberto, como uma grande história. Para tentar interpretar o conteúdo das faixas, tenha algum conhecimento de inglês, ou vá só pelo instrumental (apesar de ser mais muito mais difícil assim). Acho que o álbum pode falhar algumas vezes, mas merece uma audição, por mais que desmotivada. Lembre-se de ouvir com o coração aberto
Melhores faixas:
Junior Dad, Brandenburg Gate e Iced Honey, respectivamente.
Lista de faixas:
CD 1:
1. Brandenburg Gate (4:20)
2. The View (5:10)
3. Pumping Blood (7:25)
4. Mistress Dread (6:50)
5. Iced Honey (4:35)
6. Cheat On Me (11:25)
CD 2:
7. Frustration (8:35)
8. Little Dog (8:00)
9. Dragon (11:10)
10. Junior Dad (19:30)
Conceito: 9/10 (A)
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