HEAVEN TONIGHT - Cheap Trick: Crítica

Heaven Tonight é um dos álbuns mais conhecidos e bem-recebidos do Cheap Trick, banda formada nos EUA e influenciada principalmente por Kiss e Beatles. Hoje decidi fazer uma pequena crítica a este disco, o primeiro que ouvi da banda.

Antes de ouvir, não é preciso tanto ritual. É basicamente o típico Hard Rock dos anos 70, com alguns trechos de Power Pop, mas nada muito diferente do que você deve estar habituado. Soa bem confortável, e é muito bom de ouvir em momentos de lazer, como o primeiro álbum do U.F.O. A faixa com a sonoridade mais diferente é a faixa-título, Heaven Tonight, que é bastante sinistra e sombria (principalmente no refrão, "Do you want to go to heaven tonight?"), aparentemente sobre o suicídio. De resto, praticamente todas as músicas são alegres e divertidas, um ótimo passatempo. Não há instrumento que não se destaque no álbum: a bateria de Bun E. Carlos está precisa, apesar de bastante ter bastante "economia", a guitarra de Rick Nielsen é avassaladora, assim em todo álbum da banda naquela década. Robin Zander consegue forçar sua voz para atingir timbres ideais para qualquer música, e Tom Petersson deixa seu baixo muito bem distribuído. Dentre todas as músicas, o destaque vai obviamente para Surrender, o hit máximo do Cheap Trick, e foi marcada como um hino da "adolescência rebelde" dos anos 70, e chegou a aparecer em diversas trilhas sonoras, como em Pixels (2015), Guardiões da Galáxia, Vol. 2 (2017) e Detroit, a Cidade do Rock (1999). O riff inquietante de Nielsen, e a mudança de andamento no final são os charmes dessa música, além do emblemático e grudento refrão. Outros pontos altos são o cover de California Man, com uma pegada Rock 'n Roll insana, Auf Wiedersehen, com título em alemão, e mais letras sobre suicídio, On Top Of The World, sobre a trajetória de uma pessoa durante a vida, How Are You, meio diferente e com um clima bastante otimista e refrão simples, mas cativante. Outro grande ponto é High Roller, sobre dois amantes, e muito sexo, com uma atmosfera bem vibrante e selvagem. Oh Claire é um estranho encerramento com alguns acordes e pequenos solos, que totalizam um minuto de uma sequência de palavras repetidas em japonês. Bom, ouça como um álbum normal. Você perceberá bastante diferença de uma faixa para outra. É bastante criativo em vários aspectos, porém pode repetir outros. De qualquer modo é um excelente álbum.

Faixas:
1. Surrender (4:20)
2. On Top Of The World (4:00)
3. California Man (3:45)
4. High Roller (4:00)
5. Auf Wiedersehen (3:40)
6. Takin' Me Back (4:52)
7. On The Radio (4:33)
8. Heaven Tonight (5:25)
9. Stiff Competition (3:41)
10. How Are You (4:21)
11. Oh Claire (Hideen Track no lançamento em LP) (1:00)

Nota: 9,1/10